Recebi uma notícia triste… a morte de alguém que em tempos me foi muito próxima. Foi um murro no estômago.

Conhecia-a na faculdade, fomos colegas de curso e ficamos amigas. Por várias contingências (mudança de cidade, trabalho e sei lá mais o quê) acabamos por nos afastar, o tempo assim o ditou.

Era a alegria em pessoa, a animadora de tudo quanto era sítio onde estava.  

Era a nossa loura.

Tinha uma scooter e subia a rua dos arcos a toda a velocidade. Até à faculdade era sempre a abrir.

Lembro-me de uma vez depois da aula de inglês, no 4º ano, ela imitar o professor… a imaginar como ele dançaria o YMCA. Foi gargalhada geral… ainda hoje me rio quando penso nisso.

Adorava o cão, um rafeiro chamado Fili.

Acho que a doença não lhe retirou a alegria de viver mas levou-a cedo demais. É sempre cedo para morrer, mas a década dos 40 é demasiado cedo.

Dá que pensar na vida que levamos a correr, temos que a viver mais.

Dá que pensar que temos de dedicar mais tempo às pessoas que amamos.

À Sofia um obrigada muito especial e ela sabe o porquê.

Um até sempre, havemos de nos encontrar um dia.