Rock!
Junho 03, 2022
Cresci a ouvir música.
A minha mãe tinha uma coleção invejável de discos de vinil que eu venerava (agora mais do que nunca). Naquela estante há de tudo... Queen, Dire Straits, Rolling Stones, Abba, Maria Callas, Pavarotti, Jorge Palma, Xutos e Pontapés.... tantos outros! Quando ouço alguns destes nomes vêm memórias que nem sabia ter. A música é um gatilho, neste caso, para boas recordações.
Os meus filhos crescem a ouvir música. Quando a mais velha começou a olhar para o vinil, o espanto foi de chorar a rir... como é que "aquele prato furado" reproduzia música? E ainda para mais, tinha de ser colocado num sítio esquisito com uma agulha e uma esponja especial para se limpar!!! Aprendeu a cuidar dos discos de vinil com o maior cuidado, são uma herança preciosa, um pedacinho da avó está ali.
À minha mãe muito se deve a alma roqueira dos meus filhos, desde o “Doidas, doidas andas as galinhas” a “Tosca” ou “Another one bites the dust” tudo se cantava e continua a cantar… pronto, já deixamos as galinhas lá atrás!
À custa dos gostos musicais tive um ataque de riso, tudo por causa da minha filha.
Entra no carro toda indignada porque umas colegas a tinham “torturado”… Alerta máximo na cabeça de mãe!!!
Durou apenas uma fração de segundos… a chamada tortura dá pelo nome de Harry Stiles e Justin Bieber…. Ia cuspindo um rim com a indignação da miúda… A bem a verdade, partilho da opinião dela mas o bom senso da maternidade baixou em mim e lá veio o discurso do respeito pelos gostos de cada um. Olhou para mim e mostrou o seu “olhar 45” – “Mãe, o meu respeito vai até onde o dos outros acaba e ouvir pop foleiro é uma ofensa aos meus ouvidos e cultura musical”… Pimba, toma lá que é para aprenderes! Dona fofa, a roqueira…. E o irmão, de 5 anos, já canta Xutos e Pontapés e Queen…
Concertos de verão aqui vamos nós!